sábado, 20 de fevereiro de 2010

Tortura versus Ternura

Optaste por evitar e custou.
A mim e a ti...
Se optasses por vir, teria custado tanto?!
A mim e a ti?!

Não queria muito mais que um abraço.
Entre mim e ti.
Queria um momento..para guardar e recordar,
entre nós!
Mas nada existiu.

Lamento-me do que não houve...
e os sonhos (re)partem-se.

Mesmo estando tão longe, estás mais perto de mim do que nunca.

Desfocada...

Não consigo...
Rabisco, e foge a tinta.
Quero, e voa o pensamento.
Não consigo...
Olho e desfoca a pinta.
Tento, e desvanece o momento.

Não consigo...
Caminho, e entrelaçam.se estradas.
Sinto, e não posso fugir...
Não consigo!!
Saboreio todas as entrelaçadas.
Minto ao meu próprio ser a rir.

Não consigo...
Fujo, e nem direcção há.
Agarro, e tudo me escapa.
Não consigo...
Chego e desejo voltar atrás.
Volto e delicio-me em cada etapa.

domingo, 24 de janeiro de 2010

I need...

Preciso de desabafar, e… já nem contigo consigo!
Tu que sempre me ouviste quando eu precisava…
E agora…ai...
Será que já nem em ti confio?!

Será que já nem para um pedaço de papel consigo transmitir as minhas emoções?!
Consegui deixar-me chegar a este ponto?!

E agora?! Vou guardar tudo para mim??
Eu? isso nem para uma piada daria.

Preciso de alguém que me compreenda!
Preciso de alguém que não me julgue!
Preciso de alguém em quem confie!
Preciso de alguém com quem consiga partilhar tudo o que está guardado no meu coração, sem medo de qualquer tido de represálias.

Preciso, presciso, preciso...e afinal de contas tenho!!
Sim, sou uma sortuda! Mas...
parece que ando a desvalorizar essa sorte.
Parece que por mais sorte que tenha, nunca me contento, e por isso: isto.

Incrivel! Tenho o que preciso, mas não aproveito.
Fantástico! E depois ainda me venho queixar para algo que nao tem nada a ver com isto.

Mas pergunto-me: o que é isto?!
Se nem eu sei, como poderia explicar a alguém?!



E agora acabo com algo muito caracteristico da minha geração.
um emoticon! que expressa a minha expressão facial neste momento.

-.-'

domingo, 27 de dezembro de 2009

Quantas vezes um dia, quantas vezes um momento, quantas vezes um gesto nos faz pensar e repensar que tudo pode ser aquilo que pensamos e que tudo pode ser aquilo que nunca imaginámos? Quantas e quantas vezes um juízo errado, um gesto falhado, um olhar frustrado já nos enganou? Quantas e quantas vezes nos enganamos acerca de alguém? Quantas e quantas vezes fazemos juízos precipitados, sem saber o porquê e como? E depois? Quantas e quantas vezes reparamos que estamos errados? Quantas e quantas vezes nos arrependemos?
São poucas as vezes que isto acontece, que reparamos que algo está errado em nós e não nos outros. E depois, chegado aquele momento, sentimos que tudo o que já nos passou pela cabeça é apenas algo passageiro, mas algo que nos “mentiu”, algo que nos fez ter uma visão completamente enganada do outro…
É difícil reconhecer o erro, mas quando vale a pena reconhece-lo por que não? Se calhar porque somos demasiado orgulhosos, arrogantes, e só pensamos em nós, porque só o nosso bem-estar nos importa. E os outros? Ignoramo-los? De certo seria o caminho mais fácil, e porquê escolher sempre o caminho sem obstáculos? Podemos sempre optar por um caminho onde os obstáculos abundam, e onde em cada esquina a felicidade e auto-realização superabunda, mas pode-nos parecer que essa esquina está longe, e num abrir e fechar de olhos ela aparece-nos à frente… E quando isto acontece, ficamos de tal maneira surpresos que, nem os gestos nem as palavras nos saem. Mas se as palavras nos começam a fluir e os gestos a executar, tudo se torna diferente. E as consequências vêm e só aí reparamos o quanto errado estávamos…

sábado, 25 de julho de 2009

Vive, sente e curte

Vive. Sente. Curte.
Vive tudo o que Ele te dá,
sente tudo o que vives,
curte tudo o que sentes!

Eu, tu, Ele. Somos NÓS.
Eu quero dar mais do que sou.
Tu queres ter mais do que és.
Nós... queremos viver para Ti.

Leva-nos para onde quiseres.
Faz de nós Teus servos.
E nós sê-lo-emos com amor.
Porque há amor em tudo e em todos.

(e viva a inspiração na tasca do tio António)

terça-feira, 14 de julho de 2009

Reciclar faz bem à alma

Escrevo…
Por alguma razão?
Não sei falar de outra forma.
Podes aproveitar agora.
Se fosses reciclável…
E se for para sempre?
Para sempre tudo guardarás, e não quero.
Podendo guardar só para mim!!
Para sempre não consegues.
Pois não.
Tu também escreves, que eu sei!
Mas também falo.
E alguém te compreende?
Não.
Então não fales.
Mas eu falo por partilha.
Partilhas em vão. As palavras voam e são esquecidas.
E as escritas não?
Essas têm como eterno companheiro um pedaço de papel.
Que por vezes entranha-se demasiado.
É como tu, para quem falas.
Entranho-me?
Prendes-te e acabas por rastejar só para não te soltares.
Se me solto arranco uma parte de mim.
Então, toca e sente! Mas não te prendas…
Se toco… Se sinto… rendo-me e prendem-me!
Como as palavras escritas.
Tocam e logo se prendem.
E já não se soltam.
Podendo sempre reciclar.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Um dia tudo acabará

Um dia tudo acabará, e arrepender-te-ás!
Aproveita agora que sonhas.
Aproveita agora que vives.
Quando tudo acabar, nada restará.
Ficam presas as recordações a meras imaginações que acabaram por se tornar na saudade de um não ter.

Finges que vives?!
Lembra-te que um dia quererás fingir que morres, e já nada restará.
Já nada restará…nem o fingimento.
Não finjas que finges.
Sê tu!
Agora.
Porque depois, nada restará.